Terceirizações

30/07/12

Mais uma vez, o estado dá partida num processo de terceirização sem o conhecimento dos principais envolvidos: os profissionais do setor. Agora, são os serviços de armazenamento e logística de medicamentos que devem ser reestruturados.

A Sesab já formou um Grupo de Trabalho para estudar e estruturar os novos moldes para as atividades do Almoxarifado Central (Alcen), da Central Farmacêutica da Bahia (Cefarba) e das centrais de medicamentos das unidades de saúde. No entanto, o GT em questão não tem um único farmacêutico das unidades em seu corpo. Desta forma, o estudo final sofrerá apenas interferências de objetivos estranhos aos interesses dos profissionais e da atividade.

Em audiência com o superintendente de Assistência Farmacêutica da Sesab, Alfredo Boa Sorte, Eliane Simões e Magno Teixeira, dirigentes do Sindifarma, junto com o presidente do CRF-BA Altamiro José, levantaram questionamentos por mais essa terceirização. Na ocasião, os representantes dos profissionais solicitaram à Sesab uma reunião com os profissionais das unidades em questão, mas o superintendente afirmou não ser possível até que o GT finalize o estudo.

Diante disso, as entidades enviaram à Superintendência um ofício no dia 10 de julho, no qual requerem a participação dos farmacêuticos no Grupo de Trabalho constituído. Ainda estamos aguardando um posicionamento da Secretaria acerca desta demanda.

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Desde o mês de junho, o Sindifarma deu entrada em pedido para realização de auditoria nos contratos e nas unidades terceirizadas pela Sesab para serviços laboratoriais. O requerimento foi protocolado junto ao Tribunal de Contas do Estado e ao Departamento de Auditoria do SUS.

O objetivo do Sindicato é de que se faça a aferição da economicidade, bem como a preservação da legalidade e do interesse público. Verifica-se que os valores pagos pela Secretaria às empresas terceirizadas são muito superiores aos custos usuais de exames laboratoriais.

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